Eduardo Amorim destaca urgência na prevenção de doença renal
Senado realiza sessão em homenagem ao Dia Mundial do Rim.
Senador Eduardo Amorim (Foto: Assessoria Eduardo Amorim)
“A obesidade está muito relacionada à hipertensão arterial e a hipertensão é com certeza um dos principais fatores para que a pessoa desenvolva uma insuficiência renal crônica. A campanha deste ano foca na obesidade para chamar a atenção para a importância de um estilo de vida saudável, para que não se tenha uma vida sedentária, para que se tenha uma alimentação saudável. É o segundo ano que o Senado traz para dentro do Plenário essa discussão junto com a Sociedade Brasileira de Nefrologia”, explicou o senador.
Para Eduardo Amorim, mais de 120 mil brasileiros fazem hemodiálise no país. De acordo com o senador, algumas das causas da insuficiência renal são a hipertensão e o uso excessivo de medicamentos anti-inflamatórios, vendidos comumente sem controle. Esse tipo de medicamento, se consumido rotineiramente ou em excesso, pode levar à lesão renal e insuficiência renal crônica. A prevenção é o melhor, o mais barato, o mais eficiente e menos sofrido de todos os remédios, diz.
A campanha anual tem como objetivo alertar a população mundial para os cuidados com os rins, as principais doenças que o atingem e falar sobre prevenção e tratamento, principalmente sobre a importância do diagnóstico precoce da chamada doença renal crônica (DRC), que é a perda progressiva, e muitas vezes irreversível, da função dos rins, o que pode fazer o paciente necessitar de hemodiálise ou transplante.
“Em muitas regiões do Brasil, o que se observa é um verdadeiro vazio assistencial. Simplesmente não há hemodiálise. Milhares de pacientes necessitam viajar horas a fio, várias vezes por semana, para fazer seu tratamento. Se considerarmos que mais de 80% dos pacientes em diálise dependem do SUS, e que a maioria das clínicas que prestam serviços a esses pacientes custeiam seus serviços com repasses públicos, teremos uma pálida noção do tamanho do problema”, disse Amorim.
Para o diretor da Aliança Brasileira de Apoio à Saúde Renal, Gilson Nascimento da Silva, é preciso que o governo federal priorize a implantação de serviços de atendimento aos pacientes. “No interior do país, não existe nenhum tipo de serviço de nefrologia. As pessoas estão morrendo de ‘barriga inchada’, como acontecia no passado e continua acontecendo. Temos vários hospitais no país abarrotados de pacientes querendo fazer a sua primeira diálise, mas não há vaga”, disse Gilson Nascimento.
Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Carmen Tzanno, o número de pacientes dependentes de diálise triplicou nos últimos 15 anos, passando de 40 mil para quase 120 mil. Apesar disso, o número de clínicas de tratamento não apenas deixou de acompanhar esse crescimento como até mesmo vem reduzindo. Devido ao congelamento do valor pago pelas sessões, pelo Sistema Único de Saúde, mais de 70 clínicas fecharam, enquanto outras deixaram de atender pacientes do sistema público.
Presenças
Marcaram presença na Sessão Especial os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO), Waldemir Moka (PMDB-MT), Hélio José (PMDB-DF), o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) e o estadual Antônio dos Santos (PSC-SE). Entre os expositores o diretor executivo da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde, José Márcio Cerqueira, o diretor de Saúde do Instituto Brasileiro de Ação Responsável, Edilamar Teixeira, o presidente da Comissão de Bioética, Biodireito e Biotecnologia da OAB-DF, Felipe Bayma, o presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante, Yussif Ali Mere, a presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Carmen Tzanno, o presidente das Associações de Pacientes Renais, Renato Padilha e o diretor geral da Abrasrenal, Gilson Nascimento.