Vereador Pastor Diego critica gestão do HU e expõe dificuldades de pacientes neuroimunes

O vereador Pastor Diego (União) ocupou a tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA) nesta quarta-feira, 27, para pontuar os desafios e dificuldades da atual gestão do Hospital Universitário (HU). Ele destacou a precarização no atendimento a pacientes com doenças neuroimunológicas, como as assistidas pelo Centro de Apoio às Pessoas com Doenças Neuroimunes (CADNI).

Segundo o parlamentar, pacientes que antes recebiam tratamento adequado e regular têm enfrentado sérias dificuldades. Diego afirmou que o espaço exclusivo para esses atendimentos foi desativado. Além disso, há relatos de atrasos na entrega de medicamentos. "A medicação que deveria ser administrada a cada 30 dias está atrasada em até três meses. Isso é um absurdo, considerando a gravidade das doenças que essas pessoas enfrentam", disse Pastor Diego.

Outro ponto de preocupação levantado pelo vereador foi a ausência de profissionais especializados. Ele destacou que a médica voluntária que atendia os pacientes não está mais atuando devido à falta de estrutura oferecida pelo hospital. “Recebi relatos de que a doutora Liz, que atendia as pacientes com dedicação e competência, não tem mais um local para realizar os atendimentos. É uma perda imensa para essas mulheres, que já enfrentam tantas dificuldades”, considerou.

Para Diego, a situação atual contrasta fortemente com a gestão anterior do HU, comandada pelo ex-superintendente Dr. Dalmo. Ele lembrou que, naquela época, os tratamentos eram realizados pontualmente e em um espaço adequado. "Tínhamos uma gestão que buscava melhorias constantemente. Agora, vemos uma falta de diálogo e de compromisso com os pacientes que mais precisam", criticou.

O parlamentar relata que já se reuniu com a presidente do CADNI, Camila Oliveira, e que conta com a sensibilidade da deputada federal, Yandra Moura (União) para contornar essa situação. Conjuntamente, Diego e os representantes do CADNI apresentaram a problemática e o impacto da desassistência. "As pacientes estão sem medicação, sem o acompanhamento de especialistas, e isso está afetando gravemente a saúde e a qualidade de vida delas", declarou.

Pastor Diego também lamentou a falta de diálogo entre a nova gestão do HU e a sociedade, destacando que não há iniciativas para captação de recursos ou busca de apoio junto aos parlamentares. "O Dr. Dalmo chegou a vir à Câmara para apresentar projetos e buscar investimentos. Agora, não vemos esse mesmo esforço. Quem sofre é a população, que depende de um serviço de saúde eficiente", concluiu.