Aracaju (SE), 22 de fevereiro de 2025
POR: Toni Alcântara
Fonte: Gazeta Online
Em: 21/02/2025
Pub.: 21 de fevereiro de 2025

“Sou contra extremismo ideológico e ainda tenho um grande desejo: governar Aracaju”

Imagem: Gazeta Online

Entrevista transcrita, com a devida autorização, do GAZETA Online, jornalista Toni Alcântara

Até mesmo na forma como o deputado estadual Garibalde Mendonça fez uma correção a um questionamento desse repórter durante a entrevista, mostra a maneira cordial, equilibrada e, sobretudo, de respeito como ele trata a opinião pública e, por extensão, as questões públicas e de interesse da coletividade. Mas, quando tem de opinar sobre tema importante como ideologia, Garibalde não pensa duas vezes: “prefiro conviver com todos da melhor forma, independente de ideologia, mas sou veemente contra o extremismo ideológico, porque isso para mim é muito ruim”. Além desse posicionamento, o deputado Garibalde Mendonça respondeu a um Ping Pong de perguntas curtas com objetividade e clareza. Em uma delas ele manifestou o seu desejo de governador Aracaju. Vale a pena conferir a entrevista exclusiva que ele concedeu ao editor do Gazeta Online, jornalista Toni Alcântara.   

Gazeta - Luiz Garibalde Rabelo de Mendonça. Quem é esse homem, empresário, pai de família e cidadão sergipano nascido em Aracaju no dia 9 de junho de 1956? 

Garibalde Mendonça - Esse homem foi um menino nascido no bairro São José, em Aracaju, e vivi uma infância como todas as crianças da época,  estudando no colégio estadual Atheneu, que até hoje nos reencontramos anualmente. Desportista com a influência de meu pai, conhecido como Seu Mendonça, defensor ferrenho do Cotinguiba, clube que até hoje nutro um carinho enorme. Do Atheneu cursei engenharia civil na UFS, e depois de formado não apenas militei na profissão por dezenas de anos, como adentrei no serviço público pela CODISE, até minha aposentadoria, depois de passar por diversos órgãos estaduais, além da EMURB na prefeitura de Aracaju, que muito fiz por nossa população aracajuana. 

Gazeta - O que motivou Garibalde Mendonça a entrar para a política aos 43 anos de idade vencendo sua primeira eleição para a Assembleia Legislativa de Sergipe? 

GM - Eu diria que na política você não entra. Você se envolve, na medida em que suas atividades, embora técnicas, dizem respeito ao melhor serviço prestado para a população, e eu não podia me omitir, ainda mais sendo um servidor público. A partir da administração de Welington Paixão como prefeito de Aracaju cheguei para EMURB, e depois com Almeida Lima, que em 1996, me indicou para ser candidato a prefeito da capital pelo PDT, o que topei o desafio e fomos para uma eleição das mais disputadas da história de Aracaju com quatro candidaturas extremamente competitivas. Naquela eleição, além de mim, estavam João Augusto Gama com o apoio de Jackson Barreto, Ismael Silva pelo PT, a saudosa Maria do Carmo com toda força de João Alves Filho, e o resultado de um para o outro entre as quatro candidaturas se deu na média de dois mil votos.

Gazeta - Quem era Garibalde Mendonça antes de 1998, ou seja, antes de se eleger deputado estadual pelo PDT com apenas 7.884 votos? 

GM - Garibalde Mendonça até 1996 era um técnico, prestador de serviço à população, e que depois de minha inserção no processo político eleitoral, foi o suficiente para conquistar um capital político, especialmente em Aracaju, que me deu na eleição de 1998 mais da metade da votação para conquistar uma das vagas do parlamento estadual.

Gazeta - Garibalde Mendonça é político de apenas dois partidos, o PDT e o PMDB. O que motivou sua saída do PDT, seu primeiro partido, a ida para o MDB e depois seu retorno às origens partidárias?  

GM - Se não houvesse as curvas que a política partidária percorre em cada ciclo eleitoral, o PDT seria minha única casa, no entanto, é preciso fazer a leitura perfeita sobre posicionamentos e objetivos para também compreender o ambiente que se encontra, visando seus projetos futuros. Com isso, digo que minhas movimentações partidárias foram necessárias nos devidos momentos, apesar de que essa não seja minha performance. Prefiro a permanência numa sigla partidária, até quando ela não me veja como peça interessante lá dentro.

Gazeta - Por ser o deputado estadual mais longevo da Alese, o senhor conviveu com colegas do final da década de 90 e de hoje, ano 2025. Tem como fazer um parâmetro entre os “antigos” e os “novos”?  

GM - Não existem políticos novos e antigos. Existem idéias fixas e/ou atualizadas, dependendo da forma como o parlamentar deseja conduzir o seu mandato. Sempre optei pelo melhor diálogo, e respeitar a forma como cada colega definiu traçar sua atividade. Melhor dizendo: com muito respeito, até quando divergimos.

Gazeta - Garibalde Mendonça nunca foi presidente da Alese, prefeito de Aracaju, deputado federal, senador e nem governador de Sergipe. Você se sente um político ou até mesmo um cidadão frustrado por causa disso?

GM - Vale uma correção nesse questionamento. Presidente da Alese eu fui, e num momento muito delicado, pois se tratou do afastamento de um colega, de quem eu era vice, mas que depois saiu decisão favorável para seu retorno, o que ocorreu, sem qualquer prejuízo do que lhe cabia até a decisão de seu afastamento. Sobre os demais postos que constam no questionamento, não há razão para frustração, até porque, ao cargo eletivo que coloquei para o crivo da população do meu estado, fui aprovado por sete vezes, e ainda não penso em “pendurar a chuteira”.

Gazeta - A rotina de 26 anos e alguns meses como deputado estadual nunca atrapalhou a sua vida de empresário da construção civil, cidadão e pai de família?  

GM - Como empresário, logo depois que me elegi deputado estadual, tive que deixar uma sociedade com um grande amigo, pois trabalhávamos também com obras públicas, e isso não seria legal para mim na condição de deputado estadual. Como cidadão, a satisfação de disponibilizar um mandato como instrumento de fazer o bem para os sergipanos, e pela família a gratidão pela compreensão da missão que me fora outorgada em todas as eleições. 

Gazeta - Como Garibalde Mendonça se define, do ponto de vista ideológico, convivendo desde 1999 com políticos, presidentes de parlamentos e governos de direita, centro e esquerda? 

GM - Dependendo de como se interpreta a ideologia, prefiro continuar na diversidade, convivendo da melhor forma com todos, e me posicionando quando entender necessário, independente de ideologia. O que sou veemente contra é ao extremismo ideológico. Isso pra mim é muito ruim. 

Gazeta - Em 2026, Garibalde Mendonça tentará ir para o oitavo mandato de deputado estadual, pendura a chuteira ou disputa uma vaga na Câmara Federal, Senado ou Governador? 

GM - Vivo um filme sem cenas distantes pré-definidas. Mais atrás falei que não desejo pendurar chuteira. Sobre o que disputar, os autores deste filme que me refiro é meu grupo político que me seguem nos sete mandatos conquistados, além do grupo político que mexem nas peças no tabuleiro de cada eleição. 

Ping Pong

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Entrevista transcrita, com a devida autorização, do GAZETA Online, jornalista Toni Alcântara


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