STF "abafa” escândalo do INSS "intimando Bolsonaro” na UTI e prisão de Collor :: Por HabacuqueVillacorte
Quando a Justiça deixa de ser imparcial e passa a ter um “peso” quem perde é o povo

O escândalo de fortes proporções que marcou o início da semana, em que associações descontaram ilegalmente R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que resultou na demissão do presidente Alessandro Stefanutt, está visivelmente sendo “abafado” pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que assumiu escancaradamente o seu lado político e atuou para tentar minimizar a “sangria” do governo Lula (PT), que já vem enfrentando problemas de queda da popularidade e “sucumbe” ainda mais quando associado a um novo esquema de corrupção.
Quando “estourou” a Operação da Polícia Federal, nos bastidores do governo, o ministro da Comunicação, Sidônio Palmeira, coordenou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto com o objetivo de conter os efeitos da crise política iminente por conta do escândalo do INSS, com as presenças de outros ministros e do diretor-geral da Polícia Federal. Não custa lembrar que a PF e a CGU cumpriram 211 mandados de busca e apreensão, ou seja, não se tratou de um “indício de corrupção isolado”, mas de um grande esquema bilionário que acabara de ser desarticulado.
“Coincidentemente”, em meio a todo esse impasse envolvendo o governo Lula do PT e mais um volumoso e histórico escândalo de desvio de verbas públicas, o Supremo Tribunal Federal, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, agiu politicamente ignorando o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se encontra hospitalizado no hospital DF Star e o citou formalmente através de um oficial de Justiça em ação penal que apura suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, mesmo com o ex-presidente em viagem pelos Estados Unidos.
Bolsonaro, evidentemente, tirou proveito da situação em gravou a “canetada do oficial de Justiça”, justamente para ter o discurso para a opinião pública da arbitrariedade que estava sendo cometida pelo ministro Alexandre de Moraes, que visivelmente se acha que se encontra acima de tudo e de todos, certamente apostando na complacência da grande maioria do povo brasileiro que se revolta, mas geralmente é extremamente pacífico em suas ações. Para este colunista a medida (citar o ex-presidente na UTI) foi totalmente desnecessária e descabida. Parece questão pessoal...
E quando a Justiça deixa de ser imparcial e passa a ter um “peso” para seja quem for, não vai perder apenas Jair Bolsonaro e seu agrupamento, mas toda a sociedade. Quando o Poder Judiciário passa a ficar “contaminado” e perde a credibilidade perante a sociedade, passa a transmitir apenas a impressão de magistrados bem remunerados que tomam suas decisões de acordo com as suas convicções, sem seguir (e respeitar) a própria Constituição Federal. Mas “citar” Bolsonaro era pouco diante do desgaste do governo Lula, mas Alexandre de Moraes tinha outra “carta na manga”...
Por decisão monocrática, desconhecendo os recursos da defesa, determinou a prisão imediata de Fernando Collor de Mello, por corrupção (e aqui a coluna não compactua com o crime), justamente na semana em que o governo Lula está mergulhado em outro “mar de lama” (SIC) que é este escândalo do INSS. Tudo para, coincidentemente, “tirar o foco” e “abafar” os desvios, ou não? E boa parte da “grande mídia” tem culpa nisso! Parece também entrar no jogo de “passar pano” para o governo Lula. O povo brasileiro só não pode dizer que não sabia...
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