Julho Amarelo é o mês de luta contra as Hepatites Virais
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde, programou uma agenda de atividades para celebrar o Julho Amarelo, campanha que tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das Hepatites Virais, especialmente dos tipos A, B e C. O carro-chefe das ações é testagem em públicos prioritários, que neste ano são pessoas com idade acima de 40 anos, população de rua, profissionais do sexo, pessoas trans e travestis, imigrantes, indígenas, quilombolas e indivíduos privados de liberdade.
Julho Amarelo é o mês de luta contra as Hepatites Virais - Foto: Ascom SES/SE
O objetivo da celebração do Julho Amarelo, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo governo federal, é o de chamar a atenção para o tema, incentivando o debate nas comunidades através das Unidades Básicas de Saúde (UBS); estimular a prevenção; e fortalecer a luta conta a doença que, se não cuidada, pode levar a óbito. O Julho Amarelo tem seu ponto alto no dia 28, quando é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites.
De acordo com as informações do Responsável Técnico pelo Programa HIV/Aids, IST e Hepatites Virais da Secretaria de Estado da Saúde, médico Almir Santana, várias ações serão realizadas em locais estratégicos, como o mercado central, que receberá a equipe de testagem no sábado, 09. Serão, em média, 75 testes à disposição de feirantes e consumidores. No domingo 17, a testagem será levada à Arena Batistão para alcançar atletas, ex-atletas e torcedores.
“Além de intensificarmos a testagem neste Julho Amarelo, estaremos também encaminhando as pessoas que testarem reagentes para a realização de exames complementares e tratamento. Por outro lado, estamos orientando as pessoas adultas que nunca se vacinaram contra a Hepatite B, a buscarem a imunização na unidade de saúde de referência”, salientou.
Almir Santana destacou que existem cinco tipos de hepatites, sendo as três mais comuns no Brasil a A, B e C. Salientou que um dos grandes problemas no caso destas infecções é o baixo diagnóstico. Segundo informou, a Hepatite C tem cura, mas precisa ser diagnosticada, enquanto o tipo B não é curável, mas tem tratamento pelo Sistema Único de Saúde.
Serie histórica
Dados da Diretoria de Vigilância em Saúde mostram ano a ano os números das Hepatites B e C em Sergipe.
Hepatite B
2015 - 113 casos
2016 - 115
2017 - 124
2018 - 150
2019 – 146
2020 - 90
2021 – 116
2022 - 80
Hepatite C
2015 - 90 casos
2016 - 85
2017 - 100
2018 - 121
2019 - 111
2020 - 65
2021 - 77
2022 - 56
A doença
A Hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem apresentam sintomas, mas quando estes estão presentes podem ser cansaço, febre, mal estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, urina escura e pele e olhos amarelados (já em estado avançado da doença).
Prevenção
Almir Santana orienta alguns cuidados que previnem as hepatites, entre eles o uso de preservativo em todas as relações sexuais; não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como agulhas, alicates de unha e lâminas de barbear; exigir sempre materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e piercing, consultórios médicos, odontológicos e manicures.
São também medidas de prevenção: lavar as mãos (incluindo após usar o banheiro, trocar fraldas e antes do preparo de alimentos); higienizar bem os alimentos antes do consumo; usar instalações sanitárias; não tomar banhos em águas contaminadas com fezes ou que recebam água de esgoto; higienizar as mãos, genitália, períneo e região anal antes e depois das relações sexuais; e higienizar acessórios eróticos.
“É importante lembrar que fazer o teste e realizar o tratamento da Hepatite B durante a gravidez pode prevenir a transmissão para o filho”, incentivou Almir Santana, salientando que a vacina contra Hepatite B está disponível no SUS para todas as idades.