Setembro Roxo: Câncer de estômago é o terceiro mais comum em homens no país
Diagnóstico tardio é uma das causas da alta mortalidade por causa da doença no Brasil.
Uma doença silenciosa, que atinge mais homens com mais de 50 anos. Assim é o câncer de estômago, o terceiro tipo mais comum nos homens e o quinto com maior incidência nas mulheres. Dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que este ano devem ser diagnosticados mais de vinte e um mil novos casos no Brasil. Segundo o levantamento, Sergipe tem uma taxa estimada de 11,37 casos para cada cem mil homens e de 6,64 casos para cada100 mil mulheres. Por isso, durante este mês a campanha Setembro Roxo ganha destaque na busca por levar mais informações para a população sobre causas, prevenção e tratamento do câncer de estômago.
Dauler de Souza, médico onco-radioterapeuta que integra o corpo clínico da Oncoradium - Foto: NV Comunicação
Fatores de risco
Um agravante para o câncer de estômago é que normalmente ele não apresenta sinais e sintomas. Segundo o Dr. Dauler de Souza, quando isso ocorre, os mais comuns são repetidos episódios de indigestão, perda de apetite, dificuldades para engolir, perda de peso, inchaço abdominal após as refeições, náuseas constantes, azia persistente e sangue nas fezes ou fezes escuras demais.
Outro diagnóstico que chama a atenção e está relacionado ao câncer de estômago é a infecção pela bactéria H. pylori, que se aloja no estômago ou intestino, prejudica a barreira protetora e estimula a inflamação, podendo provocar sintomas como dor e queimação abdominal, além de aumentar o risco para o desenvolvimento de úlceras.
“A infecção com a bactéria H. pylori parece ser uma das principais causas do câncer de estômago, especialmente na parte inferior do estômago. Infecção de longa data pode produzir inflamação (gastrite atrófica crônica) e lesões pré-cancerígenas no revestimento interno do estômago”, alertou o médico.
Segundo o Dr. Dauler de Souza, há alguns dos fatores de risco para desenvolver câncer de estômago, como ser do sexo masculino, ter mais de 50 anos e manter uma dieta rica em alimentos defumados, peixes salgados e carne e vegetais em conserva.
Apesar de ainda não ter causa conhecida, alguns fatores podem aumentar o risco de câncer de estômago. São eles: excesso de peso e obesidade, consumo de álcool, consumo excessivo de sal, tabagismo, ingestão de água com alta concentração de nitrato, lesões pré-cancerosas (como gastrite atrófica e metalepsia intestinal e infecções pela bactéria H. pylori), trabalhar exposto a vários compostos químicos, muitos classificados como cancerígenos, como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e pigmentos e histórico familiar de câncer de estômago.
De acordo com o médico onco-radioterapeuta, os principais tipos de tratamento para o câncer de estômago são cirurgia, quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia e radioterapia. “Em muitos casos, uma combinação desses tratamentos pode ser utilizada. ”, disse.
Prevenção é fundamental
Para reduzir a taxa de incidência e, consequentemente, de mortalidade por conta da doença, ir ao médico regularmente é essencial. Além disso, o Dr. Dauler de Souza pontua que alguns comportamentos podem contribuir para afastar o câncer de estômago.
“Existem algumas coisas que você pode fazer para reduzir seu risco de desenvolver a doença, como manter o peso adequado, praticar atividade física, manter uma alimentação saudável, diminuir o consumo de álcool e cigarro e tratar infecção por H pylor”, orientou.
Ainda segundo o médico onco-radioterapeuta, as pessoas precisam assumir uma postura preventiva e de autocuidado em relação ao câncer de estômago.
“É muito importante que a população entenda a importância de mudar os hábitos de vida a fim de prevenir não só o câncer de estômago, mas também diversos outros cânceres. Manter uma vida com hábitos saudáveis ajuda a prevenir não só o câncer de estômago, mas também a ter mais saúde como um todo”, finalizou o dr. Dauler de Souza.
Sobre a Oncoradium
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