Pesquisadoras suecas conhecem pesquisas da Embrapa sobre ostras em Sergipe
A Embrapa Tabuleiros Costeiros, sediada em Aracaju (SE), desenvolve pesquisas voltadas ao desenvolvimento da malacocultura com espécies nativas em águas tropicais brasileiras. O pesquisador Jefferson Legat coordena projetos para cultivo de ostras em águas tropicais brasileiras com técnicas de manejo e diferentes estruturas de cultivo, adaptadas ao sistema de produção da ostra nativa Crassostrea gasar em águas estuarinas das regiões Norte e Nordeste, visando elevar as taxas de crescimento e sobrevivência da ostra cultivada.
Ã?Sa Strand e Anna-Lisa Wrange, pesquisadoras do Instituto Sueco de Pesquisa Ambiental (IVL) - Foto: Embrapa
Concomitante, Angela Legat coordena pesquisa de coletores artificiais para captação de sementes de ostra em ambiente marinho e estuarino. A coleta de sementes de ostras no ambiente natural é uma forma de suprir a demanda da ostreicultura em diversos países do mundo.
E no bojo dessas parcerias, duas pesquisadoras suecas, ÅSa Strand e Anna-Lisa Wrange do Instituto Sueco de Pesquisa Ambiental (Swedish Environmental Research Institute), especializadas em ostras, visitaram a Embrapa Tabuleiros Costeiros nos dias 24 e 25 de abril com intuito de integrar o cultivo de moluscos bivalves, pesca e gestão de ecossistemas.
Tanto Jefferson e Angela Legat quanto as pesquisadoras suecas fazem parte do projeto internacional Aquavitae que engloba vários países onde realizam pesquisas de novas espécies, processos e produtos com o intuito de aumentar a produção e melhorar a sustentabilidade da aquicultura em espécies de baixo e alto nível trófico do Atlântico.
As pesquisadoras suecas tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura de laboratórios, campos experimentais e o cultivo de ostras da Embrapa Tabuleiros Costeiros em área de produtor parceiro, em Brejo Grande (SE), além de áreas de monitoramento ambiental para coleta de sementes de ostras, onde os pesquisadores Jefferson Legat e Angela Legat realizam trabalhos de pesquisa e desenvolvimento.
"No Brasil o uso de coletores artificiais ocorre em pequena escala, sendo o mais comum a coleta de indivíduos adultos dos estoques naturais para terminação da engorda em sistemas de cultivo fixo ou flutuante", disse o pesquisador Jefferson Legat.
"A principal exceção à regra é o Estado do Pará, onde existe uma região na qual são instalados coletores artificiais que fazem a captação de larvas de ostras que assentam e realizam a metamorfose para o estágio de semente, complementa ele.