Aracaju (SE), 08 de julho de 2025
POR: Ipesaúde
Fonte: Ipesaúde
Em: 15/02/2017
Pub.: 15 de fevereiro de 2017

Projeto do Ipesaúde tenta amenizar solidão e abandono dos benefíciários idosos

A ação acontece no Centro de Promoção a Saúde Luciano Barreto Júnior onde 40% dos pacientes atendidos são idosos.

Coordenadora do Centro de Promoção a Saúde Luciano Barreto Júnior, Cléa Dionísio

Coordenadora do Centro de Promoção a Saúde Luciano Barreto Júnior, Cléa Dionísio

O processo de envelhecimento humano, para muitos, é devastador. Ele pode ser acompanhado das mais diversas limitações físicas e psicológicas e por vários problemas de saúde, sem falar do preconceito dos mais jovens em relação aqueles que estão na chamada “ melhor idade”. Por isso, o Ipesaúde investe bastante no acolhimento desses pacientes em todas as unidades onde os idosos têm total prioridade. No Centro de Promoção a Saúde Luciano Barreto Júnior, por exemplo, 40% dos pacientes são idosos e ao invés de apenas impor regras e limitações, a equipe também se adaptou aos usuários, como explica a coordenadora da unidade Cléa Dionísio, “ Eles têm o costume de chegar por aqui antes das 06 da manhã, mesmo sabendo que os médicos só atendem a partir das sete, então nossa equipe passou a chegar mais cedo para acompanhá-los. A gente faz a triagem, verifica pressão arterial e glicemia, eles conversam com nossa equipe de assistentes sociais e depois vamos todos juntos tomar café da manhã”. O refeitório foi adaptado para esses pacientes que o utilizam como ponto de encontro. “ Ali a gente conversa, brinca, ouve os problemas e até se emociona. Nessa conversa informal, a gente acaba detectando até algumas necessidades que são encaminhadas para serviço social,”, detalha Cléa.

Normalmente os pacientes frequentam o centro a cada três meses e a criação desse laço de carinho e amizade é consequente. Um exemplo é de dona Bernadete Silva Santos, de 73 anos, funcionaria aposentada do Ipesaúde. Ela diz que se sente em casa. “ Mesmo que não reencontre aqui mais meus antigos colegas e amigos, aqui sou muito bem tratada, gosto demais. Aqui no “Diabetes” é uma benção”, diz. Quem concorda é a dona Josefa Marques dos Santos, 78 anos. “ Eu frequento aqui desde os tempos da Praça da Bandeira, vir para cá é uma alegria”. Os idosos chegam a passar uma manhã inteira no Centro de Promoção a Saúde, onde são atendidos por cardiologistas, endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos.

Solidão e falta de acompanhamento

Mas, se a equipe do Ipesaúde se esforça para acolher os idosos nos poucos momentos que eles passam nas dependências do instituto, o mesmo não se pode dizer de alguns familiares. A assistente social Marília Linhares comenta que a falta de apoio e acompanhamento da família são uma das mais frequentes queixas dos pacientes. “ Muitos deles vêm para cá sozinhos, não têm mais disposição física e nem psicológica para isso. Alguns deles precisam, por exemplo, entender os procedimentos, os pedidos de exames, a administração de remédios, mas pela própria condição que se encontram não conseguem acompanhar ou assimilar e precisam desse apoio da família que não recebem”, relata Marília que disse que sempre entra em contato com as famílias nesses casos e que muitos apresentam justificativas. “ Eles dizem que não tem tempo, que precisam trabalhar, nós entendemos isso, mas é necessário haver, entre eles uma divisão de tarefas para que o idoso seja amparado”, diZ. A assistente social, explica, ainda que já houve casos que precisaram da intervenção do Ministério Público Estadual.

Grupo Apoiar

Uma preocupação das profissionais do Ipesaúde é que eles, com todos esses problemas, além das doenças que já possuem, também ficassem depressivos ou avançassem nesse quadro. “ Por isso, nós da Assistência Social, em parceria com a equipe de Psicologia da casa montamos esse grupo para esses pacientes que percebemos, durante nossas entrevistas com eles que estão muito fragilizados”, explica e acrescenta que essa é uma forma de integrá-los entre si, interagir uns com os outros, trabalhando a autoestima e também romper barreiras. “ Muitos deles ainda têm preconceito com o tratamento terapêutico, por isso, esse grupo é importante, pois a gente chega aos poucos, uma vez por mês, conversando, buscando compreendê-los. Hoje já são 20 pacientes participantes.”, diz. A reunião do Grupo Apoiar acontece nessa sexta feira, as 9h00 no Centro de Promoção a Saúde Luciano Barreto Júnior e todos os usuários idosos e familiares estão convidados a participar.


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