Piscina e mar podem aumentar crises alérgicas no verão?
A doutora Maria Fernanda Malaman explica que sim, mas é possível realizá-las com cuidado e tratar as crises com a ajuda de um médico.
O aumento das temperaturas e o período de férias escolares levam muitas famílias a procurarem casas de veraneio que ficaram fechadas por um longo tempo, muitas vezes sem a limpeza e manutenção adequadas nos ar-condicionados e ventiladores, e o contato com ácaros aumenta naturalmente. Não somente por esse fator, mas as doenças respiratórias como rinite e asma que são mais comuns durante o inverno, também se manifestam em pleno verão.
Aproveitar as praias e piscinas por longo tempo durante as férias também podem desencadear reações alérgicas e o surgimento de sintomas como obstrução nasal, dor de cabeça, coriza e, inclusive, dermatites.
Professora doutora Maria Fernanda Malaman, coordenadora adjunta do curso de Medicina da Unit (Foto: Assessoria Unit)
“Quem tem rinite alérgica deve ter cuidado ao nadar em uma piscina que teve a água tratada com cloro. Apesar do cloro não ser um alérgeno, ele libera gases que irritam o nariz, os olhos e a pele quando está em contato com as impurezas da água”, alerta.
Segundo Malaman, o calor e o suor também estão relacionados às irritações na pele, a exemplo da dermatite atópica. Nesse tipo de doença, que geralmente se apresenta ainda durante a infância, na forma de lesões nas dobras dos braços e na parte de trás dos joelhos, estes dois fatores provocam coceira e inflamação acentuadas.
Como curtir o verão com mais saúde?
Para pessoas que sofrem com esse problema é necessário preparar a pele antes de entrar na piscina ou no mar. Após realizar atividades que ocasionam o aquecimento do corpo e sudorese, também é importante utilizar uma toalha para retirar o excesso de suor, cloro ou sal, e banhar-se assim que possível.
“Antes de entrar na piscina ou no mar, deve-se hidratar profundamente a pele com hidratantes específicos para criar uma película protetora na pele. Também deve ser aplicado um protetor solar adequado para a pele dos atópicos, e reaplicá-lo a cada três horas ou a cada vez que sair da água. Além disso, sempre após praticar essas atividades, é aconselhável um banho para tirar o suor, com sabonetes adequados e aplicação de hidratantes específicos logo após o banho”, orienta a professora doutora de Medicina da Unit, Maria Fernanda Malaman. .
Mesmo com todo o protocolo para evitar crises alérgicas, ainda é possível que elas aconteçam. No entanto, a realização de atividades físicas e de lazer não são proibidas para ninguém.
“O segredo para evitar crises e ter uma vida totalmente normal é realizar um tratamento preventivo adequado, seguir as orientações de seu médico e aproveitar a vida como deve ser, em qualquer idade. O tratamento deverá ser sempre individualizado, com medicamentos adequados para cada idade e gravidade da doença, evitando sempre os efeitos colaterais”, conclui Malaman.