Aracaju (SE), 16 de maio de 2025
POR: Projeto Rede Solidária de Mulheres
Fonte: Projeto Rede Solidária de Mulheres
Em: 16/05/2025 às 11:23
Pub.: 16 de maio de 2025

Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe participa do lançamento da campanha ‘Zero Gravidez na Infância’

Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe participa do lançamento da campanha ‘Zero Gravidez na Infância’ - Foto: Projeto Rede Solidária de Mulheres

De acordo com um levantamento feito pelo Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna Infantil e Fetal de Sergipe (CEPMMIF), no último ano, 2024, 183 meninas com menos de 14 anos se tornaram mães no estado. Pensando neste dado alarmante, no dia 15 de maio deste ano, foi lançada a campanha Zero Gravidez na Infância, uma iniciativa proposta pelo CEPMMIF, pelo Comitê Estadual de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, o Instituto Brasileiro de Direito da Família e a Universidade Federal de Sergipe (UFS), em vinculação com o Projeto Faça Bonito, e com o apoio do projeto Rede Solidária de Mulheres, uma iniciativa realizada pela Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), com o apoio da Petrobras e da UFS, e da Defensoria Pública do Estado de Sergipe.

Com o objetivo de assegurar às crianças o direito de viver a infância com saúde, educação, dignidade e proteção para seu pleno desenvolvimento, além de atingir uma meta de zero gravidez na infância até o ano 2030 no estado, o Fórum de lançamento da campanha aconteceu no auditório da reitoria da UFS, como parte integrante das comemorações dos 57 anos da instituição, e reuniu profissionais da saúde, da educação, da assistência social e do direito, bem como os atores da Rede de Proteção, que realizam o acolhimento de crianças e adolescentes, com o intuito de superar a invisibilidade da violência sexual como grave problema social e de saúde pública.

Na ocasião, o projeto Rede Solidária de Mulheres foi representado pela assistente social da iniciativa, Conceição Mendonça, que apresentou ao público o folder ‘Gravidez na infância é uma violação de direitos’, produzido pela equipe técnica do projeto. “Nos somamos à campanha também com a produção de um material informativo, pois entendemos que devemos proteger as crianças. Nenhuma criança, de nenhum lugar do mundo, deve ser mãe. E esse material busca informar as mulheres, informar à sociedade que proteger a infância é uma responsabilidade de todos nós. Então, quando uma menina fica grávida, ela bota a vida dela em risco, e a gente, enquanto sociedade, nos princípios de defesa da vida, falha. Por isso que a Rede entende essa importância. A gente trabalha com informação, com proteção, com o cuidado, com a emancipação da vida humana. Esses são os nossos princípios e é por isso que estamos aqui”, destacou Conceição.

Para a médica sanitarista e professora do curso de Medicina da UFS, Priscilla Batista, o lançamento da Campanha traz um marco importante, pois é fundamental divulgar o tema em todos os espaços possíveis. “Essa campanha já está sendo gestada há um tempo e o objetivo não é ficar dentro dos prédios, é estar dentro das comunidades, por isso, a ocasião do lançamento, a soma com grandes parcerias é de suma importância, a exemplo da parceria com a Rede Solidária de Mulheres. O projeto Rede está inserido em comunidades com mulheres que são vítimas de violência sexual, que passaram por gravidez na infância e precisamos conhecer mais características, onde elas estão, quem são essas mulheres. Então, eu acho que a gente tem que aprender e estar junto às comunidades para entender o que é que a gente quer de sociedade, de mundo, de futuro, a partir desse problema que a gente está levantando”, disse.

Além do apoio da Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, a campanha conta com a Defensoria Pública do Estado, que através da Dra. Betina Schreiner, representou o órgão e apresentou ao público uma cartilha com informações sobre violência sexual. “O ideal é que nenhuma menina engravide, que a gente tenha educação sexual, a gente converse com os nossos pré-adolescentes, com as nossas crianças, que eles sejam orientados, que as famílias sejam orientadas para evitar essa gravidez precoce. Mas a gente sabe que pode acontecer e vai acontecer. E aí, quando acontecer, qual que é o procedimento a ser tomado? É conversar com aquela família e com a menina sobre a violência sofrida, e sobre os direitos que ela tem, inclusive ao aborto legal. E aí, é nisso que a defensoria entra para orientar tanto os trabalhadores como a sociedade e para garantir os direitos das vítimas de violência sexual, como consta nas informações que trouxemos na cartilha”, concluiu.


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