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Aracaju (SE), 06 de agosto de 2025
POR: Projeto Rede Solidária de Mulheres
Fonte: Projeto Rede Solidária de Mulheres
Em: 06/08/2025 às 09:03
Pub.: 06 de agosto de 2025

Gravidez na infância é uma violação de direitos: projeto Rede Solidária de Mulheres leva informação e acolhimento às escolas de Sergipe

Gravidez na infância é uma violação de direitos: projeto Rede Solidária de Mulheres leva informação e acolhimento às escolas de Sergipe - Foto: Projeto Rede Solidária de Mulheres

A gravidez na infância e na adolescência continua sendo uma das mais graves violações de direitos humanos enfrentadas por meninas no Brasil. Em Sergipe, essa realidade vem sendo combatida através de ações educativas e campanhas mobilizadoras desenvolvidas pelo projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, uma iniciativa da Associação das Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras, e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Movimento de Catadoras de Mangaba de Sergipe (MCM), bem como por outras iniciativas parceiras e órgãos institucionais.

Durante o mês de julho, a equipe técnica do projeto iniciou visitas a algumas escolas sergipanas para levar informação através do folder produzido sobre Gravidez na infância e adolescência, uma violação de direitos, e de uma conversa com a assistente social, Conceição Mendonça, e com a jornalista Díjna Torres, ambas do projeto Rede.  Segundo Conceição Mendonça, o material tem como foco informar, quebrar o ciclo de violência e dar visibilidade à importância da proteção à infância.

“O debate sobre a Gravidez na Infância, com o folder orientador ‘Gravidez na infância é uma violação de direitos’ vai para as escolas com o intuito de disseminar informação, quebrar ciclos de violência e violação de direitos. É importante destacar que criança não é mãe e estamos nas escolas públicas conversando com jovens sobre a rede de proteção que os cercam e como acessá-la, mas também socializando sobre as histórias das mulheres da Rede que buscam superar as dificuldades do entorno de suas vidas, de suas famílias e de seus territórios. Muitas histórias daquelas e daqueles estudantes se conectam em lutas, superações e vitórias com as das mulheres da Rede”, disse Conceição.

A mobilização nas escolas tem alcançado professores e gestores escolares, que destacam a relevância das ações. Durante atividade na Escola Estadual Armindo Guaraná, em São Cristóvão, o professor de História Eduardo Lopes Teles, que leciona para turmas dos primeiros anos do ensino médio, enfatizou o papel social do projeto. “A presença da Rede Solidária de Mulheres atuando no colégio é de uma importância grande porque é um indicativo de que a sociedade civil se importa, está preocupada e está agindo no sentido de informar nossos alunos e alunas sobre essa questão que representa uma violação de direitos dessas crianças, desses jovens. Além disso, é também uma forma de discutir sobre as violências domésticas que existem e que são gritantes. Eu fico agradecido por esta visita e nossa escola fica aberta a mais conversas desse tipo”, agradeceu o professor.

A equipe esteve presente no Colégio Estadual Professora Glorita Portugal, também em São Cristóvão, e no Centro de Excelência Nelson Mandela, em Aracaju. A professora de Sociologia Alessandra Santos da Graça reconheceu a importância do diálogo com os alunos. “Foi extremamente importante a presença do projeto na Nelson Mandela. Os alunos, apesar de precisarem dessas informações, muitas vezes não têm. A família geralmente não tem uma estrutura organizada para acolher essas dúvidas, e infelizmente muitas meninas engravidam por falta de informação mesmo. Apesar de ser um tema delicado, é necessária uma continuidade. A escola precisa também se mostrar aberta para acolher as denúncias”, afirmou a professora.

A temática, apesar de sensível, é uma demanda crescente nas escolas do estado, especialmente após os dados recentes do Atlas da Violência 2024, que reforçam a urgência de políticas públicas e ações preventivas voltadas ao público infantojuvenil. A Rede Solidária de Mulheres de Sergipe reforça que as atividades continuarão sendo realizadas em outras escolas do estado, com o compromisso de fortalecer a informação, estimular a denúncia de abusos e proteger os direitos das crianças e adolescentes. A luta contra a gravidez precoce é, acima de tudo, uma luta pelo direito de meninas e meninos a uma infância protegida e a um futuro com oportunidades.


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