Aracaju (SE), 21 de novembro de 2024
POR: Assessoria de Imprensa Unit
Fonte: Assessoria de Imprensa Unit
Em: 11/07/2021 às 07:00
Pub.: 12 de julho de 2021

Pesquisadora realiza estudos sobre a leishmaniose visceral canina

Natália Almeida, egressa do curso de Ciências Biológicas da Universidade Tiradentes, realiza a pesquisa no Programa de Pós-graduação em Saúde e Ambiente da instituição.

Pesquisadora Natália Almeida, egressa do curso de Ciências Biológicas da Universidade Tiradentes (Foto: Assessoria de Imprensa Unit)

Pesquisadora Natália Almeida, egressa do curso de Ciências Biológicas da Universidade Tiradentes (Foto: Assessoria de Imprensa Unit)

A pesquisadora Natália Almeida, egressa do curso de Ciências Biológicas da Universidade Tiradentes, realiza estudo voltado à leishmaniose visceral canina, ou calazar. A linha de pesquisa, sob orientação da professora doutora Cláudia Melo, segue a temática desenvolvida pela aluna durante a graduação, em projeto de Iniciação Científica (IC).

“Pretendo detectar por meio da análise molecular, cães com leishmaniose visceral e, através dos pelos, que são facilmente coletados e naturalmente impregnados com secreções produzidas endogenamente, identificar compostos orgânicos voláteis e associá-los com a presença/ausência do calazar no cão, fornecendo um diagnóstico precoce e uma nova perspectiva para avançar no conhecimento da fisiopatologia desta infecção e das interações entre hospedeiro e vetor”, explica a Natália.

De acordo com a pesquisadora, a leishmaniose visceral canina é uma doença tropical negligenciada, relacionada a condições de vulnerabilidade social. “Com ampla distribuição pelo Brasil, principalmente na região nordeste e em Sergipe, é considerada endêmica. A leishmaniose visceral canina, ou calazar, é uma zoonose causada por protozoário intracelular do gênero Leishmania spp., transmitida ao hospedeiro vertebrado pela picada de fêmeas infectadas do gênero Lutzomya”, explica.

“O cão é considerado o principal reservatório em ambientes domésticos, afetando também o homem, podendo ocasionar lesões cutâneas, espleno e hepatomegalia, sendo capaz de levar ao óbito”, acrescenta.

Para Natália, a subnotificação dos casos e medidas não eficientes para controle da zoonose são os principais desafios. “O diagnóstico sorológico é o recomendado para a detecção canina, porém, existe a deficiência nesse diagnóstico e no combate. Com o avanço de técnicas de diagnóstico eficientes, como o diagnóstico molecular, considerado padrão ouro, bem como a possibilidade de identificação de forma precoce, será possível melhorar os diagnósticos para auxiliar na forma de tratamento da doença no cão e medidas de vigilância eficientes para a não propagação da doença, levando em conta as necessidades de cada comunidade”, destaca.

Iniciação Científica
Natália Almeida deu seus primeiros passos na pesquisa ainda na graduação, ingressando em Projetos de IC. Além disso, participou de diversos eventos e de um projeto de voluntariado na Reserva Biológica de Santa Isabel, em Pirambu/SE.

“Sempre me interessei pela pesquisa, porém, antes de fazer parte de uma, tinha um conceito diferente do que seria fazer ciência. Na Iniciação Científica pude entender o seu real significado e importância. No segundo semestre da graduação, surgiu uma vaga para ingressar no Laboratório de Biologia Tropical do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) para trabalhar com parasitologia de peixes ósseos e cartilaginosos”, frisa.

“Nesse período, a IC me ajudou, além do conhecimento do tema, a ter mais disciplina, foco e compromisso, que pude levar para a aproveitar melhor a graduação e outras oportunidades que surgiram”, salienta.

Natália também foi bolsista dos programas de iniciação científica Pibic/Fapitec e Pibic/CNPq durante dois anos, no Laboratório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (LDIP), do ITP. “Desenvolvi atividades voltadas para a biologia molecular (extração de DNA, eletroforese, padronização do protocolo para a PCR convencional e purificação do DNA), como forma de diagnóstico para leishmaniose visceral em cães domiciliados e de abrigos, além da análise de dados secundários humanos e caninos fornecidos pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen)”, finaliza.


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