Câncer de cabeça e pescoço pode atingir cura em até 90% dos casos
Dia 27 de julho é o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, cuja cura pode alcançar até 90%, mas para isso é fundamental o diagnóstico precoce da doença. Essa estatística estimulou o surgimento de campanhas de conscientização junto à população, como o Julho Verde. Verde da esperança!
Renata Reis, médica oncologista da equipe Onco Hematos - Foto: Ascom Onco Hematos | �ncora Adm Comunicação Ltda
Com relação aos fatores de risco para a doença, a médica Renata Reis destaca o tabagismo e o etilismo, como também a infecção por HPV. “Por esse motivo, apesar das maiores taxas de prevalência em homens idosos, a incidência vem crescendo em pacientes jovens não tabagistas. Outros fatores de risco incluem exposição à radiação, deficiências de vitaminas, doença periodontal, imunossupressão e outras exposições ambientais e ocupacionais”, detalhou a oncologista clínica.
No que se refere aos sintomas e sinais, a oncologista descreve que os mais comuns são a tosse, dor de ouvido, dificuldade ou dor para engolir, feridas na boca ou nariz que não cicatrizam, crescimento de caroços no pescoço, rouquidão, perda de peso, além de tosse com sangue e falta de ar.
A avaliação inicial é feita por um cirurgião de cabeça e pescoço, levando-se em consideração inicialmente a história clínica do paciente, já as lesões na cavidade oral são facilmente identificadas por um odontólogo nas consultas de rotina. A doença é diagnosticada através de biopsia da lesão suspeita e de exames complementares e específicos a exemplo da tomografia computadorizada, ressonância magnética ou até mesmo o PET-CT. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia e o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.
A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para este ano de 2022 é de que surjam 36.620 novos casos de câncer de cabeça e pescoço, incluídos nesse total os tumores de boca (cavidade oral), laringe e tireoide.