CRO-SE alerta: Visita periódica ao dentista é essencial para diagnóstico precoce do câncer de boca
CRO-SE alerta: Visita periódica ao dentista é essencial para diagnóstico precoce do câncer de boca - Imagem: Divulgação | CRO-SE
O câncer de boca é um tumor maligno, que atinge a estrutura bucal - gengivas, bochechas, céu da boca e a língua. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é mais comum em homens com idade acima dos 40 anos, mas há fatores que aumentam o risco do câncer de boca: exposição ao sol sem proteção, obesidade, infecção por HPV, tabagismo e exposição a algumas substâncias, como óleo de corte, amianto, poeira de madeira, poeira de couro, poeira de cimento, de cereais, têxtil e couro, formaldeído, sílica, fuligem de carvão, solventes orgânicos e agrotóxicos.
Em estágio inicial, o câncer de boca é silencioso e não apresenta sintomas, segundo explica a cirurgiã-dentista Anna Tereza Lima, presidente do CRO-SE. “Por isso, a consulta com o cirurgião-dentista a cada seis meses é essencial para a prevenção. Quando o paciente apresenta alguma sintomatologia, como dor ou dificuldade de mover a língua, já indica um estágio mais avançado, e a chance de cura cai quase pela metade”, defende. Ainda segundo ela, em caso de lesões suspeitas, como manchas ou lesões esbranquiçadas e espessas, a visita ao cirurgião-dentista deve acontecer a cada três ou quatro meses – mesma frequência com que devem visitar o dentista os pacientes que já foram tratados.
Para evitar a doença, além de boa higiene bucal, outros cuidados simples são recomendados, como evitar o fumo e o alto consumo de bebidas alcoólicas; usar preservativo durante o sexo oral; alimentação rica em legumes, verduras e frutas; além de estar atento a mudanças na coloração ou no aspecto da boca. “Podem ser sinais de câncer de boca as lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramento e estejam crescendo; assim como manchas ou placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas; nódulos no pescoço e rouquidão persistente”, alerta. Nos casos mais avançados, a pessoa pode manifestar dificuldade de fala, de movimentar a língua, de mastigar e de engolir e a sensação de que há algo preso na garganta.
Sobre o tratamento, a dra. Anna Tereza explica que, na maioria das vezes, a indicação é cirúrgica, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, quanto para tumores maiores. “A cirurgia consiste na retirada da área afetada pelo tumor, associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução, quando necessário, detalha. Em lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas retirar a lesão, já em casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é preciso realizar radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado curativo”, conclui a presidente do CRO-SE.
Com informações de CFO