Sergipe registra 18 casos confirmados de vírus Oropouche
Um paciente permanece internado no Hospital Regional de Propriá, mas com boa evolução
Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento/Laboratório de Entomologia Médica/Searb
Nesta terça-feira (13), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou que Sergipe contabiliza 18 casos confirmados de infecção pelo vírus Oropouche, identificados por critério laboratorial. Segundo a SES, atualmente, apenas um paciente permanece internado no Hospital Regional de Propriá, mas está com uma boa evolução. Os demais casos já evoluíram para a cura. Ele é transmitido principalmente pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora.
De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas da febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e incluem dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. “Nesse sentido, é importante que profissionais da área de vigilância em saúde sejam capazes de diferenciar essas doenças por meio de aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais e orientar as ações de prevenção e controle”, alerta a pasta.
O quadro clínico agudo, segundo a pasta, evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Casos com acometimento do sistema nervoso central (como meningite asséptica e meningoencefalite), especialmente em pacientes imunocomprometidos, e com manifestações hemorrágicas (petéquias, epistaxe, gengivorragia) podem ocorrer.
Ainda de acordo com o ministério, parte dos pacientes (estudos relatam até 60%) pode apresentar recidiva, com manifestação dos mesmos sintomas ou apenas febre, cefaleia e mialgia após uma ou duas semanas a partir das manifestações iniciais. “Os sintomas duram de dois a sete dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves”.
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente não há tratamento específico para o Oropouche. As medidas de prevenção recomendadas incluem evitar áreas com a presença de maruins e minimizar a exposição às picadas dos vetores.
Para isso, é aconselhado o uso de roupas compridas e sapatos fechados, além da limpeza de terrenos e locais de criação de animais. A instalação de telas de malha fina em portas e janelas também ajuda a reduzir a exposição.