Real Digital está cada vez mais próximo :: Por Marcio Rocha
Marcio Rocha - Foto: Arquivo Pessoal
Os trabalhos deverão durar quatro meses, que contemplarão os processos de criação, desenvolvimento e maturação do produto monetário digital, para poder dar início à fase de testes de uso com grupos específicos delimitados, a exemplo de cidades, limite de valores e pessoas selecionadas para o beta teste do Real Digital. O objetivo é fazer com que a população brasileira possa usar a moeda digital a partir de 2024, após todo o processo corrido e finalizado no ano que vem.
O LIFT recebeu mais de 40 propostas de empresas que trabalham com o setor de monetização digital de vários países, nove propostas foram aprovadas e irão serão aceleradas. O processo envolve a digitalização da moeda de vários países, que também estão trabalhando na criação de sua moeda digital, a exemplo de Alemanha, Estados Unidos, Portugal, Israel, Suécia e Reino Unido.
O desenvolvimento da versão digital do Real passa pela criação de tokens, representações digitais de ativos, de modo que os clientes possam usar valores digitais sem precisar usar os recursos físicos investidos no banco. Até porque, a moeda digital estará submetida à autoridade monetária de forma direta.
O Real Digital é diferente de uma criptomoeda, pois existe uma questão simples que lhe dá segurança real: o lastro. A moeda digital brasileira é a evolução do próprio Real, não tendo origem meramente eletrônica, como as inúmeras criptomoedas que temos disponíveis no mundo.
Também devemos considerar que a criptomoeda é considerada um ativo financeiro, sujeita às variações de mercado. Ao contrário do Real Digital, que terá seu valor garantido pela autoridade monetária, sendo o nosso dinheiro em papel e moeda, convertido para o uso eletrônico. Ou seja, o Real Digital, será usado para a nossa vida cotidiana, como compras, pagamento de contas e tudo o que podemos fazer com nossos recursos. Ao contrário da criptomoeda que não permite fazer isso.
O país que tem sua moeda digital em pleno uso e de forma muito avançada é a China, com seu Yuan no formato eletrônico, utilizado nas carteiras digitais das pessoas. Muito dificilmente as pessoas nos grandes centros usam papel moeda, tudo é feito através do seu token pessoal no celular.
Mas aí vem o problema: tudo estará num aplicativo de celular, certamente. Como conter os roubos de celulares?