Educação Financeira ajuda a tomada de decisões conscientes com o próprio dinheiro
Recente levantamento realizado pela Serasa aponta que 57 milhões de brasileiros estão endividados e o economista Bruno Mendonça explica como garantir a boa saúde financeira

Poupar, gastar com responsabilidade, planejar o futuro e entender que cada escolha financeira tem consequências são verbos de ordem na Educação Financeira. No processo de adquirir conhecimento e habilidades para gerenciar dinheiro de forma consciente e inteligente, a Educação Financeira envolve entender conceitos como orçamento, investimento, crédito e consumo responsável, visando tomar decisões financeiras que impulsionam o bem-estar individual e familiar. E esse conhecimento se faz presente no CCPA com aulas ministradas pelo economista e empresário Bruno Macedo de Melo Mendonça que destaca a importância do aprendizado.
“A Educação Financeira evita dívidas, proporciona mais liberdade, segurança e abre portas para conquistar sonhos. Pessoas financeiramente educadas vivem com mais tranquilidade, tomam decisões mais inteligentes e conseguem ter um futuro com mais estabilidade e menos sustos. É um conhecimento que ajuda uma pessoa a tomar decisões conscientes com o próprio dinheiro. Envolve saber poupar, gastar com responsabilidade, planejar o futuro e entender que cada escolha financeira tem consequências. Não é sobre ganhar muito, mas sobre saber usar bem o que se ganha”, afirma.
Num recente levantamento realizado pela Serasa foi registrado que 57 milhões de brasileiros estão endividados. Número significativo e que soma aos desafios da Educação Financeira. “O maior desafio é a falta de cultura financeira no Brasil. Muitos pais também não tiveram acesso a esse conhecimento e acabam reproduzindo comportamentos ruins. Além disso, a ansiedade de consumo e a influência da mídia dificultam a formação de bons hábitos. Ensinar finanças exige paciência, repetição e constância”, afirmou Bruno Mendonça, ex-aluno do CCPA.
Com o propósito de ensinar crianças e jovens a ter uma boa saúde financeira, o economista diz que recorre a exemplos cotidianos. “A melhor forma é com exemplos práticos do dia a dia. Ensinar de forma lúdica, com atividades como jogos, desafios de economia, uso de cofrinhos, pequenas metas, ou até mesadas condicionadas a responsabilidades. O mais importante é tornar o tema próximo da realidade deles, mostrando que dinheiro é uma ferramenta que deve ser bem usada”, disse.
Ele ainda ressalta que qualquer pessoa, da mais diversa faixa etária, pode adquirir o conhecimento da Educação Financeira. “Qualquer outra pessoa, mesmo com hábitos financeiros estabelecidos, consegue aprender. Mas, para isso, é preciso mudar hábitos, o que dá trabalho, mas é totalmente possível. É como aprender a se alimentar melhor ou fazer atividade física: exige intenção, prática e disciplina. O segredo está em começar aos poucos e buscar aplicar o que se aprende no dia a dia.O primeiro passo é o autoconhecimento: entender quanto se ganha, quanto se gasta e com o quê. Sem essa clareza, é impossível melhorar. Depois vem o planejamento, com metas reais e organização. A partir daí, é ir evoluindo com estudo, prática e correções de rota”, garantiu o economista e empresário.