Economistas dizem que governo acerta ao limitar gastos públicos
Lder do governo Michel Temer na Cmara dos Deputados, Andr Moura (Imagem: Agncia Cmara)
Mesmo após realização de audiência pública realizada na semana passada pela Comissão Especial que analisa a PEC 241/2016, que estabelece limites para os gastos públicos da União, onde os economistas Samuel Pessôa [pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV)] e Raul Velloso [PhD em Economia] disseram que o governo acerta ao colocar limitações e tentar organizar a economia brasileira, alguns partidos da base aliada do governo na Câmara dos Deputados tentam flexibilizar a nova regra.
O economista Raul Velloso considera que o “desastre fiscal” impõe a necessidade de reformas estruturantes e a inevitabilidade dos tetos dos gastos. “Temos uma situação que se configura em um desastre insustentável, e essa configuração requer reformas difíceis de tramitação e aprovação que levarão tempo e é preciso sugerir uma solução que sirva de âncora para esse processo. O teto é uma ancora indispensável enquanto se discute essas reformas”, explicou.
Ainda que a propositura tenha o aval de vários especialistas na matéria, deputados do PSDB, DEM, SD, PHS e PTN e pretendem deixar de fora despesas como a expansão da Defensoria Pública e os reajustes já aprovados para os servidores públicos. Além de solicitar a redução de dez para sete anos o período em que o teto não poderá ser revisto.
Para o líder do governo Michel Temer na Câmara dos Deputados, André Moura (PSC/SE), este não é o momento de ter discurso político, mas de somar esforços em benefício do país. "Precisamos sair da crise em que encontramos o Brasil. O mercado já vem dando mostras de recuperação. Os especialistas dizem que o caminho é esse, que estamos tomando as medidas necessárias e acertadas para isso. É preciso ter responsabilidade com o país", finalizou.