Eduardo Amorim propõe benefício vitalício para famílias das crianças com microcefalia

Senador Eduardo Amorim (Imagem: Assessoria Eduardo Amorim)
Eduardo Amorim explica que os efeitos da doença impactam negativamente o orçamento das famílias, já que muitas mães deixam seus empregos para cuidar exclusivamente de seus filhos, os quais podem ter diferentes graus de comprometimento e de deficiência física e cognitiva. “É cientificamente reconhecido que, em gestantes, a infecção pelo vírus da zica pode acarretar malformação do sistema nervoso central do feto, o que geralmente resulta em danos neurológicos”, disse.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos mil novos casos devem ser diagnosticados nos próximos meses. Em 90 % dos pacientes, a microcefalia leva ao retardo mental, e está associada a problemas de visão, audição, dificuldades de aprendizado e distúrbios neurológicos. O pagamento do benefício deve ser feito pelo INSS. “Essas famílias encontram-se em franco desamparo social, visto que seus orçamentos são geralmente insuficientes para assegurar subsistência digna”, relatou Amorim.
Em dezembro de 2015 o estado de Sergipe registrou 100 casos de microcefalia em vários municípios, sendo o maior número na capital. “Sergipe ficou com a terceira colocação em números absolutos de crianças nascidas com a doença no final do ano passado, ficando atrás de Pernambuco e Paraíba. À época, o ministro da Saúde admitiu que este seria um problema de grandes dimensões”, disse Eduardo.
Dados do Ministério da Saúde evidenciam a gravidade do problema, mostrando o avanço da dengue no país: 40 mil casos registrados em 1990; 135 mil casos, no ano 2000; 1 milhão, em 2010; e, em 2015, mais de 1,5 milhão de casos (1,64 milhão, com 843 mortes).
A proposta aprovada na CAS segue em caráter terminativo, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).