As consequências da obesidade na saúde dos brasileiros
O excesso de peso vai além da estética e acarreta diversos problemas de saúde pública, explica o coordenador da Pós-Graduação e docente de Nutrição, professor Heriberto Anjos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2025, cerca de 700 milhões de adultos no mundo sejam obesos e 2,3 milhões estejam com sobrepeso. No Brasil, a obesidade hoje é um dos problemas que mais afeta a população. Esse fenômeno acontece devido aos hábitos alimentares da população.
Professor Heriberto Anjos - Foto: Asscom Unit
O processo de substituição das preparações culinárias e tradicionais pelos alimentos ultraprocessados ocorreu de forma gradativa, em consonância com as transformações socioeconômicas que aconteciam no país. Afinal, quanto maior a urbanização, a renda per capita e o incentivo fiscal fornecido às empresas estrangeiras para se instalarem em território nacional, maior é o consumo desses alimentos.
“Antes as pessoas tinham a disponibilidade de comer em casa, refeições frescas e mais saudáveis, com alimentos cultivados em hortas e sem uso de agrotóxicos. Devido às mudanças no cotidiano, as refeições passaram a ser realizadas fora de casa, consumindo mais enlatados e industrializados, o que ocasionou uma alimentação rica em calorias, sódio e açúcares”, explica.
Os maus hábitos que levam ao excesso de peso e, consequentemente, à obesidade têm diversos fatores. O excesso de peso não é somente uma questão estética. Segundo a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), apontou a hipertensão, diabetes, colesterol, asma e apneia do sono as principais doenças crônicas causadas pela obesidade.
Para o professor Heriberto mudar de hábito é essencial para a perda de peso e evitar comorbidades. “Uma vida mais ativa, praticando exercícios regularmente, com uma dieta com déficit calórico, rica em nutriente vai colaborar na perda de peso e consequentemente em uma vida mais saudavel”, afirma.
Com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas e Ministério da Saúde