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Aracaju (SE), 26 de dezembro de 2024
POR: Gabriela Ruddy
Fonte: Site Eixos
Em: 02/12/2024 às 07:00
Pub.: 03 de dezembro de 2024

Uma nova chance para as plataformas de Sergipe

Petrobras inicia mais uma tentativa de contratação

Presidente da Petrobras, Magda Chambriard, na coletiva de imprensa sobre o Plano Estratégico 2050 e o Plano de Negócios 2025-2029 - Foto: Guarim de Lorena/Agência Petrobras

A Petrobras iniciou no sábado (30/11) a nova tentativa de contratação das plataformas que vão produzir em Sergipe Águas Profundas (Seap). 

     . A estatal vem tentando contratar as duas unidades há três anos, sem sucesso. 
     . A demora levou a atrasos no projeto, que passou a ter previsão de entrada em operação em 2030. Antes, a previsão era em 2028.

A baixa competitividade da tentativa de contratação anterior fez a empresa estender o prazo três vezes, antes de desistir da licitação e montar um grupo de trabalho para elaborar uma nova tentativa. A dificuldade de financiamento é uma das principais questões. 

Desta vez, a contratação das plataformas será no modelo build, operate and transfer (BOT), no qual a contratada é responsável pelo projeto, construção, montagem e operação do ativo por um tempo inicial definido em contrato. Depois desse período, a operação será transferida para a Petrobras.

     . A primeira unidade a ser contratada será Seap 2. 
     . O vencedor da concorrência terá a opção de fornecer também Seap 1, no mesmo modelo BOT.
     . Se isso se confirmar, a previsão é que a Seap 1 entre em operação em 2031. Caso contrário, será necessário abrir uma nova concorrência para o ativo e o FPSO ficaria para 2032.

Sergipe é aprincipal nova fronteira de produção de gás do país. O projeto prevê ainda um gasoduto, com capacidade para 18 milhões de m³/d de gás natural, que deve entrar em operação junto com as plataformas. 

     . As unidades terão capacidade de processar 120 mil barris/dia de petróleo cada e até 12 milhões de m³/d de gás natural, que será exportado diretamente para venda, sem necessidade de tratamento adicional em terra.

A importância do projeto para o mercado nacional de gás tem gerado insatisfação com a estatal. Na visão do senador Laércio Oliveira (PP/SE) , o atraso no projeto é “conveniente” para a companhia que exerce um papel dominante na oferta de gás natural no Brasil.

     . Para o senador, sem mais gás nacional, o mercado brasileiro ficará mais exposto às importações de GNL, fator que leva o preço de mercado doméstico a ser influenciado pelo internacional.

Paten na pauta. Senado Federal marcou para 4 de dezembro a votação Programa da Aceleração da Transição Energética (Paten), após o relator Laércio Oliveira (PP/SE) desistir das propostas para reduzir a concentração da Petrobras na oferta de gás natural. O calendário foi definido na semana passada, em reunião de líderes com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG).

Mais gás a caminho...

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