Aracaju (SE), 26 de abril de 2025
POR: Gabriela Vieira Santos Oliveira
Fonte: Assessoria UNINASSAU
Em: 24/04/2025 às 17:43
Pub.: 25 de abril de 2025

O papel da terapia ocupacional no tratamento do autismo

Especialista destaca a importância desta terapia na qualidade de vida do paciente

O papel da terapia ocupacional no tratamento do autismo - Foto: Assessoria UNINASSAU

O mês de abril é dedicado à conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A campanha nacional valoriza o diagnóstico precoce, os tratamentos, o respeito e os direitos da pessoa com TEA. No procedimento, uma equipe multidisciplinar é envolvida. E, dentre os vários profissionais de saúde, o terapeuta ocupacional destaca-se no desenvolvimento dos pacientes.

O terapeuta ocupacional tem um papel essencial no desenvolvimento da autonomia e da qualidade de vida da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com a professora do curso de Terapia Ocupacional da UNINASSAU Aracaju, Geovaneide Reis, esse profissional atua ajudando o paciente a desenvolver habilidades necessárias para realizar atividades do dia a dia, como higiene pessoal, alimentação, organização, interação social e participação em ambientes escolares ou sociais. “O objetivo é promover independência e funcionalidade, respeitando as necessidades individuais”, explica. 

Quando a terapia deve ser iniciada?  

O acompanhamento com o terapeuta ocupacional pode e deve ser iniciado assim que houver suspeita ou confirmação do diagnóstico de TEA. A intervenção precoce é fundamental, pois o cérebro da criança está em fase de desenvolvimento, tornando os resultados mais efetivos. “Quanto mais cedo começar, maiores as chances de avanços significativos nas habilidades e no comportamento”, diz a professora. 

Quem determina a quantidade de terapias necessárias para cada paciente?  

A frequência e a duração das terapias são determinadas pela equipe multidisciplinar que acompanha o paciente. Geralmente, é composta por neurologista, psiquiatra, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e outros profissionais, conforme o caso. “Deve-se levar em consideração a avaliação individual, as necessidades e os objetivos terapêuticos. Esse plano pode ser ajustado ao longo do tempo, de acordo com a evolução da pessoa”, explica a professora. 

Quais são as habilidades desenvolvidas durante as sessões?  

De acordo com Geovaneide, durante o atendimento, são desenvolvidas diversas habilidades importantes para a autonomia e qualidade de vida da pessoa com TEA. As sessões trabalham as coordenações motoras fina e grossa, estimulando movimentos precisos e amplos necessários para atividades do dia a dia, sempre focando na ocupação prejudicada do paciente.

Também são desenvolvidas habilidades sensoriais e perceptivas, ajudando o paciente a lidar melhor com estímulos do ambiente. A comunicação e a interação social são incentivadas por meio de estratégias que promovem o contato visual, a troca de turnos e o uso funcional da linguagem. Além disso, trabalha-se o planejamento motor e a organização, fundamentais para realizar tarefas com sequência lógica.  

A terapia também foca nas atividades da vida diária (AVD’s), como alimentação, higiene e vestuário, promovendo maior independência e autonomia. Além disso, há as Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD’s): brincar, descanso, sono, dentre outras ocupações. “As regulações emocional e comportamental são estimuladas para que a criança possa lidar com frustrações, mudanças de rotina e diferentes contextos sociais de forma mais tranquila e segura”, comenta Geovaneide. 

Quais as abordagens terapêuticas mais utilizadas durante as sessões?

São utilizadas diversas abordagens terapêuticas baseadas em evidências, escolhidas de acordo com as necessidades e características de cada paciente. A Integração Sensorial (IS) é uma das mais comuns, auxiliando o indivíduo a organizar e processar os estímulos do ambiente de forma mais adequada. A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é amplamente utilizada para promover comportamentos positivos e funcionais por meio do reforço e da repetição estruturada.

Já o método TEACCH se baseia na estruturação do ambiente e no uso de recursos visuais para facilitar a compreensão e a realização das tarefas do dia a dia. A abordagem DIR/Floortime foca na construção de vínculos emocionais e no desenvolvimento da comunicação por meio da interação e do brincar espontâneo. “Além dessas, os terapeutas também utilizam estratégias lúdicas e funcionais, adaptadas à realidade e aos interesses da criança, tornando o processo terapêutico mais significativo, prazeroso e eficaz”, finaliza. 


Por que Sergipe está se tornando o estado mais rico do Nordeste?

Conheça Sergipe: confira dados geográficos e econômicos de todos os municípios sergipanos

Conheça os melhores destinos em sergipe - Pontos Turísticos

WhatsApp

Entre e receba as notícias do dia

Matérias em destaque

Click Sergipe - O mundo num só Click

Apresentação