Carros elétricos: o que muda na prática?
Quais são as principais diferenças desses modelos para os que usam motor a combustão

Os carros elétricos vêm ganhando cada vez mais espaço no trânsito. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2023, os carros eletrificados representaram 4,3% das vendas de veículos no Brasil. Já nos primeiros nove meses de 2024, a participação subiu para 7,2%.
Então, apesar de ainda não serem maioria no trânsito brasileiro, a presença desses veículos cresce ano após ano, impulsionada pela busca por soluções mais sustentáveis e eficientes. Mas, afinal, o que realmente diferencia um carro a bateria de um comum, movido a combustíveis fósseis?
Propulsão
A diferença mais evidente está no tipo de propulsão. Enquanto os carros tradicionais utilizam motores a combustão, geralmente movidos a gasolina, etanol ou diesel, os elétricos funcionam com motores alimentados por baterias recarregáveis. Isso elimina a necessidade de queima de combustíveis, reduzindo significativamente a emissão de poluentes e tornando-os uma alternativa menos agressiva ao meio ambiente.
Mecânica
Outra distinção importante está na mecânica. Os motores elétricos são mais simples em estrutura, o que se traduz em menos peças móveis e, consequentemente, menor necessidade de manutenção. Diferentemente de um carro a combustão, que exige trocas periódicas de óleo, filtros e correias, o movido a eletricidade demanda menos intervenções ao longo do tempo, o que pode representar economia para o consumidor.
Desempenho
Em relação ao desempenho, os veículos elétricos surpreendem. Eles entregam torque imediato, ou seja, aceleram com mais rapidez desde a primeira pisada no pedal. Esse comportamento se deve à ausência de marchas e à resposta direta do motor a bateria, o que oferece uma condução mais suave.
Recarga e autonomia
Contudo, a autonomia ainda é uma das maiores preocupações para quem considera migrar para essa tecnologia. Em média, os carros elétricos disponíveis no mercado brasileiro percorrem entre 250 e 500 quilômetros com uma carga completa.
A recarga pode ser feita em casa, com tomadas adaptadas, ou em eletropostos públicos. O tempo de carregamento varia de acordo com a potência da fonte e da bateria, podendo levar de 40 minutos a mais de 8 horas.
Curiosamente, os freios desses veículos utilizam um sistema chamado “regenerativo”. Ele recupera parte da energia durante as frenagens e a devolve para a bateria, contribuindo com a eficiência energética do automóvel.
Ruído
Outra diferença marcante é o silêncio dos carros elétricos. Ao contrário dos veículos com motor a combustão, que emitem um barulho típico, especialmente em altas rotações, os motores movidos a bateria operam de forma quase imperceptível.
Além disso, de acordo com uma pesquisa do Laboratório de Poluição Sonora da Universidade Brown, em Rhode Island (EUA), os automóveis a combustão geram quase o dobro de decibéis em comparação aos elétricos, quando ambos estão na mesma velocidade.
Peso
Outra distinção relevante está no peso do veículo. Devido à presença das baterias, os carros elétricos geralmente são mais pesados. Isso pode influenciar a experiência ao volante, gerando maior estabilidade nas retas, porém podendo impactar o desempenho nas curvas.
Alternativa econômica
Para quem tem interesse em experimentar a rotina com um carro elétrico, mas não quer ou não pode arcar com os altos custos de aquisição, existe a alternativa da assinatura. Essa modalidade permite ao consumidor utilizar o veículo mediante o pagamento de uma mensalidade fixa, que já inclui despesas como seguro, manutenção e até mesmo assistência 24h.
Além de representar uma opção mais acessível, o carro elétrico por assinatura também elimina a preocupação com a desvalorização do bem ao longo do tempo. É uma escolha que se mostra viável especialmente para quem mora em grandes centros urbanos, onde os deslocamentos diários são mais curtos e há maior oferta de pontos de recarga.