Os indicadores confirmam a solidez do Banese :: Por Marcio Rocha
Marcio Rocha - Foto: Arquivo Pessoal
Sergipe figura entre os cinco estados que ainda têm bancos próprios. A partir daí já se pode entender que o nosso estado está em vantagem diante das outras unidades federativas, considerando que vários bancos estatais quebraram ou foram privatizados. Sobreviver a um mercado no qual o Banese compete por clientes com as grandes instituições financeiras e Fintechs é bastante desafiador, porém o Banco segue com 61 anos de atividade, em situação de confiança e solidez, como pode ser visto através de análise dos indicadores a seguir.
O banco dos sergipanos possui mais de 8 bilhões de reais em ativos, que são aqueles recursos com os quais desenvolve suas atividades. Mesmo tendo suas operações concentradas em Sergipe e possuindo pouco menos de um milhão de correntistas, este indicador demostra o seu porte e sua relevância diante do sistema financeiro nacional. Em termos de receita líquida, o Banese faturou 1 bilhão de reais de janeiro a setembro de 2022, número este bastante relevante quando comparado ao seu ativo total. Com isso, se entende que o Banese é um banco lucrativo em um valor de um oitavo do seu ativo total. Descomplicando ainda mais, o Banese dá um excelente resultado de operações financeiras.
Devemos lembrar que o Banese é estrategicamente importante para Sergipe, pois é o principal agente financeiro do governo e tem significativa participação de mercado em créditos e depósitos no estado, proporcionando oportunidades para empresas e cidadãos por meio das operações de crédito, que servem para estimular a economia de Sergipe e contribuir para a geração de emprego e renda para nosso povo. O banco possui uma carteira de crédito de R$ 3,6 bilhões, alcançando uma participação de mercado em Sergipe de 36,8% em crédito comercial, segundo dados do Banco Central do Brasil.
O Banese mostra, assim, ser uma instituição com muita credibilidade no mercado financeiro nacional, com alto grau de confiança e boa condição financeira. Segundo análise das principais agências de classificação de riscos (agências de ratings), o banco apresenta modelo de negócios estável e indicadores econômico-financeiros adequados. Conta, ainda, com um patrimônio líquido de mais de R$ 582 milhões e continua majoritariamente como propriedade do Estado, que detém 89% de suas ações.
E sobre a privatização, acho que depois dessa breve análise, tanto você quanto eu passamos a acreditar que é muito difícil que aconteça.