Sintasa e comissão intersindical conseguem reajuste para os servidores e deliberam fim da greve
Categorias da saúde aceitaram o reajuste, mas de costas, repudiaram a forma como foram tratadas pela Prefeitura de Aracaju.
Sintasa e comisso intersindical conseguem reajuste para os servidores e deliberam fim da greve (Foto: Sintasa/SE)
Depois de 45 dias de greve, os servidores da saúde de Aracaju decidiram finalizar a greve nesta sexta-feira (15), após receber a proposta da Prefeitura de Aracaju de reajuste salarial de 4,42%. A deliberação aconteceu durante assembleia geral com os sindicatos envolvidos no movimento grevista, que acataram a proposta da gestão municipal apesar de reconhecerem que não foram contemplados com o reajuste ideal que miravam, isto é, próximo a 12%.
“Nós aceitamos o reajuste, mas repudiamos a forma como fomos tratados pela Prefeitura de Aracaju, principalmente, o prefeito João Alves Filho, que esperou a Lei Eleitoral para dar este pequeno reajuste. Mas, pelo menos, ressaltamos que o principal ponto da greve era o reajuste e isto conseguimos. E também depois de tantos dias de greve, todos as categorias aceitaram encerrar a greve porque foram ameaçadas de terem o ponto cortado”, explicou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), Adailton dos Santos.
O percentual de reajuste de 4,42% foi o resultado do cálculo do IPCA/IBGE de janeiro a junho deste ano, baseado no limite máximo do percentual que poderia ser concedido durante o período eleitoral, nos termos da art. 73, inciso VIII, da Lei Federal 9.504/97. O reajuste salarial só será retroativo a julho deste ano.
O diretor do Sintasa repudia o fato de que 4,42% foi a revisão do reajuste anual da revisão geral, ou seja, servirá para todas as categorias da Prefeitura de Aracaju, e não apenas a Saúde. “É bom deixar claro que não foi aumento de salário, mas readequação vencimental na tabela da administração geral”, diz Adailton dos Santos, explicando que outras categorias que não são da Saúde tiveram aumento de 20%, 40% anteriormente, e ainda terão esta readequação de 4,42%.
Outra deliberação da assembleia geral desta sexta-feira foi que no dia 1º de agosto, às 14 horas, no auditório do Sindicato dos Bancários de Sergipe, haverá assembleia geral para avaliar um possível corte de ponto, avaliar o atraso de salário e o que ocorrer.
Além do Sintasa, a Comissão Intersindical que começou o movimento grevista e que obteve o reajuste salarial contou com o Sindicato dos Cirurgiões-Dentistas de Sergipe (Sinodonto), Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (SEESE), Sindicato dos Psicólogos do Estado de Sergipe (Sindpsi), Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate as Endemias do Município de Aracaju (Sacema), Sindicato dos trabalhadores Fisioterapeutas de Aracaju (Sintrafa), Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (SINDASSE) e Sindicato de Nutricionistas e Técnicos em Nutrição do Estado de Sergipe (SINDINUTRISE). Depois da greve iniciada, a comissão contou com a integração do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed/SE). Diga-se que não houve nenhuma participação do Sintama e nem do Sepuma no movimento grevista.