Ato e Paralisação marcam repúdio dos trabalhadores à indicação polÃtica para o INSS
Filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência no estado de Sergipe (SINDIPREV/SE) está construindo uma paralisação e protesto na manhã desta quinta-feira, dia 21 de julho, contra o fim da Previdência Social e contra o uso dos cargos do INSS como cabide de emprego para políticos. A concentração do ato será às 7h da manhã, em frente à Gerência Executiva de Aracaju, localizada no bairro Jardins.
Ato e Paralisação marcam repúdio dos trabalhadores à indicação política para o INSS (Foto: Divulgação/Sindiprev/SE)
Neste cenário preocupante de profundas mudanças na Previdência Social, a exoneração do gerente executivo do INSS, Roberto Melo – funcionário de carreira da Previdência Social – e em seu lugar a nomeação do pastor Aristóteles Fernandes repercutiu como o estopim para os trabalhadores da Previdência Social que há 30 anos não presenciam a indicação de político para a gestão de órgão público da Previdência Social.
A indicação de Lila Moura para a Superintendência da GEAP é outro acinte, segundo o dirigente sindical do SINDIPREV/SE, Joaquim Antônio. Portanto, mesmo antes da posse de ambos indicados, os trabalhadores vão às ruas para denunciar as implicações deste retrocesso. “Temos que proteger a estrutura que a gente criou. Oito gerentes do INSS foram nomeados em todo o Brasil, mas só em Sergipe houve indicação política para os cargos. Assim como já aconteceu no passado, a indicação política está atrelada a fraudes e alta corrupção. O órgão público não pode ser usado para barganha política. A Previdência precisa continuar sendo gerida por servidores públicos de carreira da instituição, que é um técnico devidamente qualificado para esta função”.
Vai ter luta
Para piorar o clima de insatisfação, o governo golpista de Michel Temer publicou a Medida Provisória 739/2016, estabelecendo que as perícias do INSS serão feitas também durante os sábados. “Com essa MP o governo golpista aumenta a nossa carga horária. Não vamos aceitar o desrespeito a nossa jornada de trabalho e a destruição da Previdência Social. Vamos à luta”.