Edvaldo Nogueira e Eliane Aquino se reúnem com educadores para discutir Plano de Governo
“A gestão do prefeito João Alves Filho na Educação é degradante”. “O que a atual administração fez foi um verdadeiro desmonte de projetos que estavam dando certo. Acabou com a gestão democrática nas escolas, elevou o número de terceirizados, racionou a merenda, extinguiu a formação continuada dos professores”. “Se perdeu o foco do que é pedagógico. Escolas e creches perderam a qualidade”. “O que a gestão atual está fazendo com os professores da rede municipal é retirar a nossa dignidade”. “A única coisa boa da gestão atual da prefeitura de Aracaju é que se encerra em 31 de dezembro”.
Edvaldo Nogueira e Eliane Aquino se renem com educadores para discutir Plano de Governo (Foto: Janana Santos/Assessoria Edvaldo Nogueira)
As declarações, em tom de desabafo, foram feitas, nesta quarta-feira (10), por educadores da rede pública municipal de ensino de Aracaju, em evento organizado pela deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT), para discutir e sugerir contribuições ao Plano de Governo para a área de Educação da pré-candidatura a prefeito de Edvaldo Nogueira (PCdoB). Ele a pré-candidata a vice-prefeita Eliane Aquino (PT) participaram do encontro.
Na reunião, foi unânime o pedido dos professores para retomada da gestão democrática nas escolas, com eleição direta para diretores, efetivada durante os governos de Marcelo Déda e Edvaldo Nogueira, mas extinta na administração atual. “Há um anseio muito grande da retomada da Gestão Democrática e para implantação do Plano Municipal de Educação”, afirmou o professor Adelmo Menezes, presidente do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema).
Edvaldo Nogueira e Eliane Aquino se renem com educadores para discutir Plano de Governo (Foto: Janana Santos/Assessoria Edvaldo Nogueira)
Atentos aos depoimentos, Edvaldo e Eliane apresentaram aos professores alguns pontos do Plano de Governo e pediram a contribuição dos profissionais para aprimoramento do projeto. “Quero um programa de governo que a gente possa colocar em prática. Não é um programa de ideias mirabolantes. Vou enfrentar todos os problemas que precisam ser enfrentados para melhorar Aracaju. Se eleito for, cumprirei integralmente os quatro anos de mandato. O nosso projeto é de reconstrução da cidade com começo, meio e fim”, disse Edvaldo. Eliane reforçou: “A nossa prioridade é a Educação. É a partir da Educação que poderemos dar passos mais largos para avanços nas demais áreas”.
O pré-candidato a prefeito disse que tem como primeira meta reimplantar a gestão democrática. “Vai voltar a gestão democrática nas escolas. Vai voltar a ter eleição de diretor. Durante a minha gestão, nunca fiz política partidária com nomeação de diretor de escola. Manterei esta postura”, ressalvou. Eliane pediu o apoio da categoria. “Sabemos tudo que deu certo nas gestões de Marcelo Déda e Edvaldo. Isso já é um ponto positivo. Sem o apoio da classe, não chegaremos a lugar nenhum. Precisamos que a criança entre na escola, nas séries iniciais e chegue na universidade. A Educação está perdendo os alunos. E essa é uma batalha de todos nós”, defendeu.
Avanços
Ao fazer um balanço da sua gestão e da administração de Déda na capital, Edvaldo pontuou “avanços importantes”. Ele destacou o resgate da gestão democrática, a melhoria da estrutura física das escolas, a valorização dos servidores e o projeto “Direito de Aprender”. Enquanto prefeito, Edvaldo reformou 21 escolas. “Algumas delas, a gente teve até que botar no chão e começar do zero. Escolas que estavam muito ruins e, que do ponto de vista da qualidade da estrutura da obra, ficaram sem dever nada às escolas particulares”, frisou.
Sobre o “Direito de Aprender”, o pré-candidato do PCdoB lembrou do estabelecimento de um currículo para a rede. “Tivemos uma discussão ampla, com participação dos professores da Universidade. Organizamos um currículo básico para que nós tivéssemos um conteúdo educacional melhor para as crianças”, disse.
Em relação aos servidores, Edvaldo destacou o fim das relações de compadrio. “A valorização do servidor foi uma constante na nossa administração. Tivemos muitos avanços – e não só no reajuste salarial. Por exemplo, eu era o secretário de governo e eu me lembro muito bem disso. Eu cheguei na Secretaria de Governo em janeiro de 2001 e nós tínhamos num armário lá na sala uns 300 a 400 processos de “avanços na carreira” e de “dedicação exclusiva”. Como foi falado por uma professora, para ela, conseguir ter direitos, ela tinha que ir atrás de não sei quem, falar com certas pessoas e nós acabamos com isso. Tornamos um direto estabelecido, era automático. Ninguém ia atrás de mim. Nunca mais precisou alguém me mandar bilhetinho, nem ir atrás de vereador nem de ninguém, nem do sindicato”, afirmou.
Ao final do encontro, os professores receberam cópias da primeira versão do Plano de Governo de Edvaldo e Eliane. Eles analisarão as propostas e oferecerão novos tópicos, que serão incorporados ao programa.