Nutrição, saúde mental e exercícios: a tríade vital para uma vida equilibrada
Nutricionista explica a poderosa conexão entre uma alimentação adequada e o bem-estar emocional e destaca alimentos que estimulam a produção de neurotransmissores.
Em um mundo onde a busca pelo equilíbrio mental se tornou uma prioridade, a relação entre nutrição e bem-estar emocional ganha destaque. Pesquisas recentes têm comprovado que uma alimentação adequada pode ter impactos significativos na saúde mental, tornando a famosa frase "você é o que você come" ainda mais relevante.
Carla Souza, professora, nutricionista hospitalar, clínica e esportiva - Foto: Asscom Unit
"Uma alimentação adequada, repleta de nutrientes variados, é o segredo para um metabolismo saudável, controlando os hormônios responsáveis pelo bem-estar, saciedade e prevenção de ansiedade e problemas decorrentes de uma má nutrição. A escolha por uma dieta balanceada não só impacta na forma física, mas também fortalece a mente e o coração", enfatiza Carla.
Poder nutricional para o bem-estar
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão afeta mais de 264 milhões de pessoas em todo o mundo, tornando-se a principal causa de incapacidade e contribuindo significativamente para a carga global de doenças. Pesquisas têm apontado que a alimentação inadequada e a falta de atividade física estão entre os fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais, incluindo a depressão.
Adicionalmente, pesquisadores do Departamento de Nutrição da Harvard T.H. Chan School of Public Health ressaltam que uma dieta rica em alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas pode estar associada a um maior risco de depressão. Por outro lado, uma alimentação balanceada, com ênfase em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e fontes saudáveis de proteínas, como feijão, nozes e sementes, pode ajudar a reduzir o risco de transtornos mentais.
"Ao incluirmos em nossa dieta alimentos como sementes, como as de abóbora; aqueles ricos em aminoácidos essenciais, como arroz e feijão; quinoa; probióticos naturais, como iogurte natural, kefir e kombuchas; o chocolate amargo, cereais integrais e a castanha do Pará, estamos fornecendo triptofano ao nosso corpo, que é o precursor da serotonina, um neurotransmissor vital para o bem-estar emocional e regulação do humor", ressalta a nutricionista.
Entretanto, a nutrição é apenas uma das peças do quebra-cabeça para alcançar o equilíbrio emocional. Carla destaca que exercícios físicos regulares, um sono adequado, meditação, oração e paz de espírito também são componentes essenciais para fortalecer a saúde mental e emocional.
"Uma alimentação saudável, além dos benefícios físicos, impulsiona a autoestima, disposição e motivação para enfrentar os desafios diários. Uma nutrição equilibrada é a chave para construir resiliência e enfrentar com firmeza os momentos de adversidade", elenca Carla.
Profissionais capacitados: o pilar fundamental na jornada ao equilíbrio
Além da conscientização sobre a relevância da nutrição para o bem-estar emocional, a presença de profissionais altamente capacitados nesse processo é um pilar fundamental. Nutricionistas especializados têm a expertise necessária para orientar de forma individualizada e assertiva, levando em consideração as necessidades específicas de cada indivíduo.
De acordo com estudos realizados pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), a atuação de um nutricionista em tratamentos que envolvem a saúde mental pode gerar resultados altamente positivos, com uma significativa melhora nos quadros de ansiedade e depressão.
“Essa abordagem personalizada e embasada em conhecimentos técnicos é o que confere aos profissionais da área a capacidade de impactar positivamente a vida de seus pacientes, guiando-os em direção à conquista do equilíbrio mental e emocional”, pontua.